quarta-feira, 9 de março de 2011

Por que não?

Porque já foi embora.
Porque ainda é cedo.
Porque me recordo
Que não te conheço
Eu sempre demoro
Ou quase escureço.
Na vergonha da aurora
Tem meio tropeço.
Porque é meio-dia.
Pela minha frescura.
Por tua rebeldia.
Porque é sem cura
Essa minha agonia
De ser sempre pura.
Porque és anônimo.
Porque sou sem você.
Porque és antagônico
Ou por não merecer.
Nem hoje, nem ontem.
Mas talvez amanhã.
Só me diga seu nome.
Pra saber quem consome
Minha dúvida vã.

[Aline Sampin

Um comentário:

Karol Gonçalves disse...

"Pela minha frescura.
Por tua rebeldia.
Porque é sem cura
Essa minha agonia
De ser sempre pura."

Muito bom!
Demais!