terça-feira, 29 de novembro de 2011

Incansáveis



O tilintar de copos.
O cheiro envolvente
De um delicioso jantar.
Um jogo de dois corpos.
Gestos nada inocentes.
O amor presente e sublime.
Temperando com primor
O sabor de uma noite
Que até a eternidade se repetirá.

[Aline Sampin

[foto por Aline Sampin (câmera Pinhole do aplicativo retrô câmera do dispositivo móvel)

Soneto de laços falhos

Quando penso nos erros dos outros
Repenso os nossos enganos
Que são muitos e, no entanto,
Nossos acertos não foram poucos.

Traímos todos os laços,
A cada lágrima que rola contra
A distinção dos nossos traços,
Que ao tratarmos, não demos conta.

Soma ao teu dia
Minha marra mutável.
Sou tua companheira.

Testemunha minha euforia
Ao te ter tão amável,
Ainda que não queira.

[Aline Sampin