domingo, 6 de março de 2011

Só por estar, e só

Não tenho nada pra me distrair
Não quero nada
Não me tenho
Se quer.

Estou em repouso aqui e ali
Minha pele parda
Meu empenho
Mulher

Solta no acaso que se repete
No olhar escasso
Corda bamba
Amor.

Por tua conduta que me repele
Não sou teu caso
Coisa branda
Favor.

Colido com minhas vontades
Toda vez que caio
Num desmaio
Perco.

Já são poucas as vaidades
Nada deixou, lacaio
Não te traio
Esqueço.

[Aline Sampin

2 comentários:

Leli disse...

Lindo demais.

ana disse...

Aline, que lindo! Tanto tempo de Tangran e eu nem imaginava que vc escrevia... e ainda mais que escrevia bem desse jeito!